Estou aqui a estudar enquanto dou uns relances na temporada 15 de "America's Next Top Model" e tenho que vir para aqui verbalizar a minha indignação.

Nesta temporada há uma concorrente lésbica (não sei porque carga de água isso é relevante para a questão, elas estão ali para tirar fotografias e aprender a ser modelos e não para se falar da vida delas. Anyway ..

a moça disse à bocado que seria muito importante para ela ser a primeira lésbica a ganhar o concurso porque ao que parece outra moça que também é gay esteve perto para ganhar e não ganhou. Ora bem, a mim não me interessa se as modelos e artistas dormem com mulheres, homens ou os dois. É a vida privada deles e eu sei que existem pessoas que julgam os outros por estas e outras opções privadas mas o facto de os próprios os estarem sempre a referir só acende a discussão ainda mais. E isto é só a minha opinião. No caso desta moça, que é engraçadita e até tira fotos catitas, ela não vai ganhar porque é lésbica nem vai perder porque é lésbica!! É como a cena do racismo: se os jornalistas disserem que o suspeito é negro vem logo a black community dizer que a comunicação social é um antro de racistas nazistas! MAS SE O SUSPEITO É NEGRO QUAL É O PROBLEMA DE DIZER QUE É NEGRO?? DA MESMA FORMA QUE SE FOR CAUCASIANO, OS JORNALISTAS TAMBÉM DIZEM! FODASSEEE.

Eu compreendo que ainda haja muito gente, principalmente muito adolescente com medo de assumir as suas preferências e assim que o faz é vítima de violência constante. Mas, e se deixássemos o assunto morrer? E se simplesmente não nos importássemos? Não é virar as costas ao preconceito, mas sim virar as costas à vida dos outros. Acreditem, a sensação de não nos importarmos com a vida dos outros é tipo .. AWESOME! Deviam todos experimentar ..

Acho que sou a única rapariga à face da terra que tem um estômago e uns intestinos cujos barulhos se ouvem a quilómetros de distância! Já me valeram umas quantas situações embaraçosas porque é claro que toda a gente pensa que são gases! -.-

Mas não são! São só os movimentos peristálticos e de contorcionismo dos órgãos do meu tubo digestivo! A última vez que me valeram uma vergonha foram ontem, no exame de estatística. Ao princípio só tinha uma rapariga ao meu lado mas depois chegou outra desvairada (sem calculadora ou formulário .. tipo eu) que se sentou ao meu lado direito e olhava para mim com um ar muito reprovador de cada vez que alguma coisa cá dentro dava sinal de vida! Claro que eu fazia por não reparar e continuava a olhar para aquele conjunto de palavras e números que era o exame mas continuou a ser uma situação um bocado constragedora!

E tudo o que me lembro do exame é esta vergonha! 

Os homens têm aquela necessidade quase doentia de se sentirem úteis! De se sentirem os nossos super-homens, capazes de resolver todos os nossos problemas. De se sentirem uns gigantes inquebráveis, quais homens da pré-história, quando saltamos para o colo deles sempre que um insecto com mais patas do que nós se apresenta na linha do horizonte. Sim, claro que gosto de me sentir protegida e gosto daquela sensação de termos alguém, carinhosamente, a cuidar de nós mas quem se inscrever aqui na montanha russa já sabe! Não mando uma de menina indefesa. Gosto de me desenmerdar! Gosto daquela sensação de realização pessoal sempre que consigo ultrapassar algum obstáculo tanto (e não quase tanto) como gosto do braço por cima do ombro e do beijo na testa. O homem foi feito para resolver problemas, para ser o faz-tudo! Para tirar a camisola e apertar os parafusos enquanto exibe os abdominais ou outros músculos que tais para a mulher que entretanto se rende ao seu lado de salvador da pátria! Sim é! Chega a ser sensual e excitante um homem que esteja lá sempre para nós e nos resolva os problemas e nos ajuda! Mas e então aquele que nos dá espaço e aprecia a nossa independência? Então e aquele que aprecia o nosso lado desenrascado e a nossa inteligência para resolver os problemas? Então e aquele que não amua e nos continua a mimar e a proteger mesmo quando em certas alturas mostramos os "tomates" psicológicos que temos e enfrentamos as situações de frente e com coragem? São cada vez menos os dessa espécie e cada vez mais os coninhas que acham que nós temos de andar feitas baratas mais que tontas a pedir-lhes para eles fazerem tudo, para eles se sentírem amados! Nossa, eu sinto-me velha com estas teorias mas não me estou a ver a mudar em prol destas modernices

Dizem que os italianos é que são! Que os espanhóis são calientes e que os ingleses têm aquele charme bery british. Que os brasileiros são um ai jesus enquanto se besuntam de óleo no Calçadão e que não há melhor do que os astros de Hollywood mas depois eu vejo um bacalhauzinho destes, que pendura o pote na Costa da Caparica e penso: É SEXY OU NÃO É SEXY??

E pronto! Depois de uma ausência mais que maior grande devido a trabalhos e praxes achei que seria a melhor forma de dar sinais de vida na blogosfera! Para isto não há livro ou chá que acalme as hormonas!