quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

John Lennon disse uma vez que "life is what happens to you while you're busy making other plans" e não podia ter definido parte da minha pessoa da melhor maneira. Gosto de planos, gosto de ter tudo estruturado e gosto de prever o que vai acontecer porque estarmos seguros do que nos vai acontecer, seja bom ou mau, é bom; é isso mesmo: SEGURO! Prepara-nos para o que der e vier. À medida que cresci e fui levando estaladas a torto e a direito do Cosmos aprendi que quanto mais pensarmos nas coisas pior é. Tudo o que pensamos que nos vai acontecer fica no dimensão do pensar. Parte de mim ainda detesta o imprevisível e fico fora de mim sempre que me alteram os planos mas a outra parte adora uma boa boca aberta de surpresa! E faz os possíveis para combater o meu "eu enfadonho de 40 anos", aquele meu eu que até para fazer um xixi precisa de um plano de 40 páginas. 

Apesar de tanto cronograma que ainda vai habitando na minha cabecinha, por vezes não muito pensadora, existe uma coisa que abomino com todas as minhas forças: AS LISTAS! Listas de livros, listas de lugares a visitar, listas de roupas a comprar, BUCKET LITS e a cereja no topo do bolo: aquelas famosas listas que toda a gente vai fazendo nos últimos dias do ano e que raramente alguém cumpre com o primeiro tópico!! No meu 9º/10º ano fiz uma lista de livros a ler e escusado será dizer que desde então já li mais do que 50 livros e nenhum deles está naquela lista, actualmente de paradeiro incerto. Desde então recusei-me, ainda com mais veemência, a gastar tempo com isso porque penso que seja da natureza humana e do destino em si contrariar tudo aquilo que definimos como certo na nossa vida. Ou então, aqueles cujo poder e necessidade de planear seja mais forte do que qualquer outra  força perdem um dos maiores temperos da vida: a SURPRESA! Perdem a capacidade de olhar para as coisas como se fosse a primeira vez, ganham raízes na rotina e tornam-se pessoas monótonas e enfadonhas! Eu acho que vou gostar sempre de ser parola, de ser aquela pessoa que não se coíbe de olhar de boca aberta para tudo o que é novo, estranho, espectacular e fora de série. Se nos formos rendendo à prática das listas e dos planos deixamos de saborear a vida em pleno. Acho que o importante aqui é distinguir objectivos de vida do um distúrbio obsessivo compulsivo. É bom sabermos o que queremos fazer, é bom termos uma ideia do que a vida nos espera OU MELHOR: é bom sabermos o que temos de fazer para chegarmos onde queremos mas toda a imensidão de acontecimentos que se atravessam pelo meio estão fora do nosso alcance e isso é bom. Basta aproveitar o que de bom surge, por acaso, na nossa vida e retirar daí forças para combater tudo o que é negativo. 


"life begins at the end of your 
comfort zone"

ok, admito que tenho uma lista destas citações todas paneleiras mas acho que isso não se enquadra bem no que aqui se falou! Ou então sou eu em fase de negação.
Existe um hectare no inferno reservado para aquelas estações de rádio que decidem CORTAR uma música a meio .. e geralmente é mesmo na minha parte favorita da música!

MORRAM!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gosto muito da minha língua .. da língua portuguesa!
Acho bonita, rica, especial, única. É a nossa e a única que temos. 
Em momento de cunbíbio com as miguxas surgiu a conversa das strippers e do varão. Vá, não sejam preconceituosos e tirem o factor "badalhoco" da conversa. Isto tem muito que se lhe diga e é preciso ter uma certa dose de agilidade e flexibilidade para dominar o varão. Convinhamos, existem mulheres que praticamente o violam e temos que nos sentir muito à vontade connosco próprias para conseguirmos dançar de forma sensual e desinibida sem partir uma perna ou pior ainda .. parecermos uma daquelas personagens geeks do American Pie. 

Posto isto, em jeito de conversa eu disse "adoravaa dominar a dança do varão" ao que uma miguxa respondeu "pole dance!! chama-se pole dance".

Opah é assim .. eu sei que algumas palavras e expressões soam melhor em inglês e até temos na nossa língua os ditos estrangeirismos mas para mim isso de falar em inglês em vez de o fazermos em português é mais uma mania e hábito para português ver. Do género, "downsizing do lifestyle" ... Para já, esta expressão remete-nos imediatamente para declarações que só por si são completamente descabidas e maiiis .. OCAS! Depois há o mal empregado inglês! Parece que agora é moda, é giro espetar com uma palavra em inglês no meio da frase e dar uns ares de intelectual e pessoa a par das tendências. Acho piroso. Daquele piroso ao nível das meias ligeiramente acima do tornozelo. Esse piroso.
Deixem-se de merdas e vamos lá falar em bom português porque sinceramente essa moda do "o que vem de fora é que é bom" nunca nos levou a bom porto!