As pessoas são complicadas.

Viver com pessoas é muito complicado.

Viver com gaijas é ainda mais complicado! 

Não sei se foi por ter vivido 1 ano e meio sozinha que estou mais sensível a determinada atitudes mas o que é certo é que dificilmente me vejo a partilhar casa no futuro! Sou sociável, gosto de conviver e tudo o mais mas aprecio igualmente o meu espaço, o meu cantinho e a minha liberdade. Não gosto nada de ter de aturar o mau-feitio de outras pessoas e de servir de saco de boxe para as frustrações delas. A mais recente foi porque eu estava a tomar banho ao mesmo tempo do que ela e como a pressão da água era menor, o drama dela teve  logo que ser inversamente proporcional à quantidade de água que saia do chuveiro! Ao que parece eu roubei-lhe a água; ela entrou primeiro no banho e eu tinha que esperar que ela terminasse. 

Não consigo encaixar. Não consigo entender para quê tanta mesquinhice, tanta tempestade num tubo de ensaio de água. Existem limites para aquilo que podemos fazer quando partilhamos casa mas também existem limites para o ridículo!

Claro que tem os seus momentos bons e com certeza os meus seriam em maior quantidade se não morasse com tal matrafona! Existe outra, que até é porreirinha mas é um bocado metediça. Ninguém me compreende quando digo que não gosto que se sentem ao meu lado quando estou no pc e olhem para o que estou a fazer; da mesma forma que não acho piada ao estarem a olhar por cima do meu ombro quando escrevo uma sms! E ela faz exactamente isso.

Eu sei eu sei! Possivelmente não sou pessoa de morar com outras e tal só se verifica porque alugar uma casa em Lisboa sozinha fica à volta dos 500 € e deve-se parecer mais com uma celeiro do que com uma casa. Tive a sorte de encontrar aquele T2 no Príncipe Real a 250 € com despesas incluídas porque tínhamos amigos em comum com a senhoria. Que tempos maravilhosos! 

E agora tou aqui desterrada para a rotunda do Entreposto com duas gaijas manhosas! 

Não, decididamente, não fui talhada para viver acompanhada!