Morar com pessoas é complicado.
Morar com pessoas que não conhecemos é, por vezes, pior.
Morar com pessoas que não conhecemos e são PORCAS é horrível!
Em Setembro tive que mudar de casa .. again e em vez de vir a Lisboa procurar decidi aventurar-me pela Internet. Descobri um quartinho bem jeitoso cuja renda incluía as despesas e a Internet. Não gosto lá muito desse negócio de despesas separadas porque:
1º) Nunca se sabe com quem se vai morar, se vai pagar ou não no final do mês e quantas pessoas vai levar para casa.
2º) Não gosto de me sentir inibida quanto ao número de banhos que tomo nem à quantidade de água que gasto a lavar os dentes.
Não fiquem a pensar desse lado do ecrã que sou uma esbanjadora que consome o mesmo de água que a população da China mas sinto-me melhor assim sabendo que não tenho que me preocupar em dividir contas com ninguém.
Ora bem, chegou a altura de carregar o carro e fazer a viagem até Lisboa e chegadas ao destino eis que nos deparamos com um cenário um pouco peculiar nos Olivais. O apartamento era tal e qual como aparecia no anúncio mas a zona era tudo menos .. segura, como a senhoria nos explicou ao telefone. De mau aspecto estava o bairro cheio com as esquinas cheias de agarrados a coçar a tomateira e canalha descalça e toda suja a brincar na rua. Ora bem, não tenho nada contra bairros sociais e menos que nada contra quem lá mora porque não devemos generalizar e dizer que são todos um bando de parasitas que vivem à custa do RSI. Acredito que lá more gente honesta e trabalhadora mas se há coisa que não gosto de fazer é brincar com o fogo principalmente morando no R/C. Depois de ver a vizinhança e dizer à senhoria que não iríamos ficar ali seguiu-se o caos para procurar outra casa pois eu no dia a seguir ia começar as aulas e para além disso tinha o carro carregado de comida e tralhas minhas. Ligado o computador e iniciada a pesquisa lá encontrei uma casa que tinha descartado da primeira vez por ter 4 quartos eu cá acho que 3 é bom, 4 já é muita mulher.
Estabelecido o contacto fui ver a casa. Gostei bastante. Pagou-se a mensalidade e arrumei as tralhas. E agora chegou o momento de admiração: o meu apartamento fica atrás da zona J, em Chelas. E vocês pensam: "então esta tipa não quis ficar nos olivais e vai-me para a zona j???". Pois sim miguxos, pois vim porque apesar da vizinhança isto até é pacato e nunca tive problemas ... NO EXTERIOR.
Depois de tratarmos tudo com o senhorio tratei de conhecer e socializar com o pessoal da casa. Duas primas angolanas e a mãe de uma que estava cá de férias. Pessoal simpático e porreiro, bem-disposto e eu pensei, VOU FINALMENTE APRENDER KIZOMBAAA!!
Só havia uma coisa que me metia confusão, éramos 3 e havia duas casas de banho mas não sei porquê havia a política de usar a que estivesse livre, quando é normal cada uma ter a sua casa de banho e neste caso alguém teria que partilhar uma. E então lá tinha eu que andar sempre com os produtos de um lado para o outro porque volta e meia a que eu costumava utilizar estava ocupada.
Num certo dia, acabada de chegar a casa e já na conversa com as damas elas dizem-me que era a última vez que nos estávamos a ver porque elas iam mudar de casa nesse fim-de-semana e como eu ia a casa não nos íamos despedir. Quando volto de fds reparo que uma delas já se tinha ido embora assim como o meu azeite, o meu detergente da loiça, os meus alhos, as minhas cebolas e o meu louro. Após falar com a minha mãe pelo telefone fiquei proibida pela dita cuja de confrontar a que ainda estava cá em casa com o namorado sob pena de ser vítima de algum tipo de violência ao que se seguiu um telefonema a informar o senhorio do sucedido e qual é o meu espanto quando soube que O SENHORIO NÃO SABIA QUE ELAS TINHAM SAÍDO DE CASA!!! Supostamente ele vinha cá no dia a seguir e em vez de lhe darem a renda elas iam-lhe dizer que se tinham ido embora. Ele já não foi apanhado de surpresa e confrontou-as com o dito roubo, que segundo elas não foi roubo nenhum.
Fazendo uma inspecção ao resto da casa deparei-me com a outra casa de banho toda suja, serviços de chá e café despernados, paredes e armários dos quartos destruídos, toalhas em péssimo estado e ... as molas da roupa todas cá em baixo. Sim, antes de se irem embora mandaram as molas pela janela fora!!
E foi assim que fiquei sozinha durante 1 mês...
... até que esta quarta chegou uma italiana, membro daquele pequeno grupo de estudantes de erasmus cujo objectivo é estudar, que passa a vida no quarto com o seu Macintosh e a sua caneca da coca-cola a transbordar de café.
Não sei o nome dela. Não sei de onde é. Não sei que curso tira. Só sei que não puxa o autoclismo .. mas já a desterrei para a segunda casa-de-banho sob o pretexto de sermos duas e não haver necessidade de ocuparmos a mesma.
Moral da história: alguém me ajude a tirar este encosto de cima porque não arranjo outra explicação a não ser o sobrenatural para o meu azar nestas coisas!!
1º) Nunca se sabe com quem se vai morar, se vai pagar ou não no final do mês e quantas pessoas vai levar para casa.
2º) Não gosto de me sentir inibida quanto ao número de banhos que tomo nem à quantidade de água que gasto a lavar os dentes.
Não fiquem a pensar desse lado do ecrã que sou uma esbanjadora que consome o mesmo de água que a população da China mas sinto-me melhor assim sabendo que não tenho que me preocupar em dividir contas com ninguém.
Ora bem, chegou a altura de carregar o carro e fazer a viagem até Lisboa e chegadas ao destino eis que nos deparamos com um cenário um pouco peculiar nos Olivais. O apartamento era tal e qual como aparecia no anúncio mas a zona era tudo menos .. segura, como a senhoria nos explicou ao telefone. De mau aspecto estava o bairro cheio com as esquinas cheias de agarrados a coçar a tomateira e canalha descalça e toda suja a brincar na rua. Ora bem, não tenho nada contra bairros sociais e menos que nada contra quem lá mora porque não devemos generalizar e dizer que são todos um bando de parasitas que vivem à custa do RSI. Acredito que lá more gente honesta e trabalhadora mas se há coisa que não gosto de fazer é brincar com o fogo principalmente morando no R/C. Depois de ver a vizinhança e dizer à senhoria que não iríamos ficar ali seguiu-se o caos para procurar outra casa pois eu no dia a seguir ia começar as aulas e para além disso tinha o carro carregado de comida e tralhas minhas. Ligado o computador e iniciada a pesquisa lá encontrei uma casa que tinha descartado da primeira vez por ter 4 quartos eu cá acho que 3 é bom, 4 já é muita mulher.
Estabelecido o contacto fui ver a casa. Gostei bastante. Pagou-se a mensalidade e arrumei as tralhas. E agora chegou o momento de admiração: o meu apartamento fica atrás da zona J, em Chelas. E vocês pensam: "então esta tipa não quis ficar nos olivais e vai-me para a zona j???". Pois sim miguxos, pois vim porque apesar da vizinhança isto até é pacato e nunca tive problemas ... NO EXTERIOR.
Depois de tratarmos tudo com o senhorio tratei de conhecer e socializar com o pessoal da casa. Duas primas angolanas e a mãe de uma que estava cá de férias. Pessoal simpático e porreiro, bem-disposto e eu pensei, VOU FINALMENTE APRENDER KIZOMBAAA!!
Só havia uma coisa que me metia confusão, éramos 3 e havia duas casas de banho mas não sei porquê havia a política de usar a que estivesse livre, quando é normal cada uma ter a sua casa de banho e neste caso alguém teria que partilhar uma. E então lá tinha eu que andar sempre com os produtos de um lado para o outro porque volta e meia a que eu costumava utilizar estava ocupada.
Num certo dia, acabada de chegar a casa e já na conversa com as damas elas dizem-me que era a última vez que nos estávamos a ver porque elas iam mudar de casa nesse fim-de-semana e como eu ia a casa não nos íamos despedir. Quando volto de fds reparo que uma delas já se tinha ido embora assim como o meu azeite, o meu detergente da loiça, os meus alhos, as minhas cebolas e o meu louro. Após falar com a minha mãe pelo telefone fiquei proibida pela dita cuja de confrontar a que ainda estava cá em casa com o namorado sob pena de ser vítima de algum tipo de violência ao que se seguiu um telefonema a informar o senhorio do sucedido e qual é o meu espanto quando soube que O SENHORIO NÃO SABIA QUE ELAS TINHAM SAÍDO DE CASA!!! Supostamente ele vinha cá no dia a seguir e em vez de lhe darem a renda elas iam-lhe dizer que se tinham ido embora. Ele já não foi apanhado de surpresa e confrontou-as com o dito roubo, que segundo elas não foi roubo nenhum.
Fazendo uma inspecção ao resto da casa deparei-me com a outra casa de banho toda suja, serviços de chá e café despernados, paredes e armários dos quartos destruídos, toalhas em péssimo estado e ... as molas da roupa todas cá em baixo. Sim, antes de se irem embora mandaram as molas pela janela fora!!
E foi assim que fiquei sozinha durante 1 mês...
... até que esta quarta chegou uma italiana, membro daquele pequeno grupo de estudantes de erasmus cujo objectivo é estudar, que passa a vida no quarto com o seu Macintosh e a sua caneca da coca-cola a transbordar de café.
Não sei o nome dela. Não sei de onde é. Não sei que curso tira. Só sei que não puxa o autoclismo .. mas já a desterrei para a segunda casa-de-banho sob o pretexto de sermos duas e não haver necessidade de ocuparmos a mesma.
Moral da história: alguém me ajude a tirar este encosto de cima porque não arranjo outra explicação a não ser o sobrenatural para o meu azar nestas coisas!!
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