sábado, 14 de julho de 2012

Se há coisa que eu detesto é que insistam comigo. Não gosto, pronto!
Ontem a minha tia teve que ir visitar uma ex-aluna dela e levava-lhe um presentinho. Estivemos um bocadinho na conversa e eis que a dona da casa, nossa amiga, diz: "Almocem cá", convite esse que a minha tia declinou e dei uma catrafada de razões todas gentilmente ignoradas pela senhora. Ignorando o monólogo da minha tia ela vira-se para mim e diz: "Camilinha, gostas de esparguete?". Ora, eu fiquei naturalmente sem reacção e só consegui gaguejar um sim muito manhoso mas aquilo irritou-me mesmo. Eu percebo que as pessoas gostem de receber bem, eu também gosto. Eu percebo que as pessoas queiram demonstrar o quanto gostam de nós recebendo-nos na sua mesa, eu também quero. Eu percebo que as pessoas gostem de nos encher de comida porque acham que nós estamos magras .. mas quanto a isso já sou do contra. Até que ponto estão a ser bem educadas e a respeitar, e não estão a ir além da "insistência socialmente aceite"? Fiquei logo de trombas e só quando se falou de cavalos à mesa é que arrebitei mas a verdade é que temos planos, temos vidas combinadas e não temos que os desmarcar só porque alguém nos quer à sua mesa para comer. E após a minha tia ter dito que ficávamos para almoçar, veio a fase II: comer fruta. "E queres bananas?" "Não." "E queres maças, pêras?" "Nãoo." "Come fruta, a fruta come-se antes da refeição." "Dona Amélia, não gosto de fruta." .... 5 minutos ... "Queres nozes que eu parto-tas?" "Nãooooooooooooooooooooo."
Pronto, foi horrível e está claro que nunca mais lá volto tão cedo! Eu só sei que na minha casa, quem diz não à primeira é compreendido. Quem diz que não pode, não pode e quem diz que não gosta, NÃO COME CARALHO!

Pronto, já desabafei...

1 comentário:

  1. Quando ainda andava no secundário e tinha que fazer trabalhos na casa de uma colega, a mãe, mal chegava a casa, empanturrava-me de comida. Não adiantava dizer que não, ela fazia orelhas de abano e esvaziava a dispensa para o meu estômago. Quando chegava a casa para jantar, não tinha barriga para coisa nenhuma. Chegou a um ponto que eu já nem dizia que não, era mesmo "traga o que quiser que eu como...". Sentia-me sempre mal com isso, mas depois eu e a rapariga fomos para universidades diferentes, e ela esqueceu-se de mim, daí que nunca mais tive que passar por uma situação dessas. Coisinhas que acontecem...
    Bjs*

    ResponderEliminar